sexta-feira, 23 de maio de 2014

#EUKOMBREJA

Bom dia queridos leitores!!!
Mas esse não é aquele bom dia de domingo de manhã os quais estou acostumado a desejar-lhes. Sim, é plena madruga de sexta pra sábado em Piracicaba, e o que Domenico De Masi conceituaria como "Ócio Criativo", eu, pobre mortal do século 21 denomino de Insônia Criativa.
Há um tempo estou devendo uma postagem super especial à dois figuras que criaram um projeto que me encantou como iniciativa, visão poética, e, como diríamos em uma suculenta mesa de bar, "du caralho".

Como o título propõe, estou falando da Kombreja.

Um projeto envolvendo uma outra iniciativa de bons brasileiros, a Social Beers, que tem por objetivo, vender a cerveja Kombreja, através da política do site, a qual eu recomendo que todos confiram essa maravilha, arrecadando fundos para a realização de um projeto fantástico para o mundo cervejeiro. (Se é que posso chamar essa parcela de apaixonados de mundo, pois acredito o mundo ser um só com várias intercessões). Com este fundo, o casal Diógenes (Desinger) e Karla (sommelier de cervejas), pretendem customizar e equipar a "saudosa" KOMBI, para rodar a cidade de São Paulo levando boas cervejas a custos acessíveis, divulgando a cultura cervejeira e alegrando as pessoas que procuram sabores que renovam as notas de nossos paladares.
Eu mesmo, Mau Soave, me apaixonei por essa ideia, primeiro por ser uma kombi, segundo por ser cerveja, e depois por todos os seus pormenores.
Mas ok, a leitura está legal, o projeto é fantástico, mas a galera precisa de um super apoio. A ideia é digníssima ao ponto de envolver quem queira ser envolvido, basta se permitir. Entra no site do Social Beers e conheçam os tramites necessários para apoiar esse projeto. Pensem na história que vocês poderão contar, pois, ter uma história para contar, e ter traços de vida.
E mais ainda... A tal da Kombi será auto sustentável, vai vendo. Haverá painéis solares para converter energia solar em eletricidade e abastecer os freezeres existentes na Kombreja que estará sua mais nova e surpreendente cerveja. Aí é demais né, um projeto social, que envolve boa cerveja, uma kombi e ainda é auto sustentável?!?!?!? Galera, vamos ajudar a ideia, né!!!

Alguns detalhes que me chamaram a atenção, são alguns fatos como se, caso você ai precise não sair de casa, receber os grandes amigos, e decidir servir boas cervejas, é só chamar a Kombreja e ela vai até você.
Meu primeiro receio ouvindo isso, foi o fato de, piracicabano do interior que sou, e a Kombreja é de sampa, como verei a kombreja senão em sampa???? Na verdade, sei lá, espero que o casal tenha muito trabalho e precise ampliar sua rota... Mas, como descobri que sou conterrâneo de Diógenes, galera, se prepara que a Kombreja vem em Pira sim!!!!kkkkk Não sei eles, mas eu garanto.
Outro detalhe, foi no vídeo do projeto Kombreja disponível no Youtube. Olha a ideologia: "A gente quer ser seu amigo, seu camarada. Não apenas uma Kombi que vende cerveja!(Diógenes e Karla)

Ou seja, aqui fiz só minha parte de divulgar um projeto super legal no qual acredito.

Acredito, admiro e apoio #eukombreja



Maiores informações:

http://kombreja.com.br/

Saudações fermentadas, bom fim de semana a todos!!!



domingo, 27 de abril de 2014

CEVADA

Bom dia de domingo caros leitores. Como hão de perceber, costumo escrever aos domingos, haja visto minha falta de tempo, mas é com grande prazer que volto sempre a lhes escrever (prazer mesmo, pois estou nessa postagem desde as 8h da manhã DE UM DOMINGO).
Enfim, insonias matinais à parte, vamos ao que interessa: CEVADA.

Pesquisas apontam que o cultivo da cevada remonta de 6000 a 7000 a.C, na região do mar da Galiléia. Talvez pela localização alguns "pensadores" do mundo cervejeiros acreditam que Cristo possa ter realizado a multiplicação da cerveja, e não do vinho, uma vez que a uva não era tão cultivada nessa região, sendo uma bebida da nobreza. E claro, à sufocação histórica da cerveja, posteriormente, por ser uma bebida do povo, ao contrário do vinho, consumido pelo clero e pela nobreza... Coisas do pensamento elitista. (que fique claro, nada contra o vinho).
Uma informação intrigante, é que há indícios da produção de cerveja de cevada na Coréia entre 1500 e 850 a.C. Fica aquele balãozinho de questionamento na minha cabeça de gibi: POR QUE CARGAS D'AGUA NÃO SE CONSOMEM CERVEJA NESSES PAÍSES HOJE EM DIA??? Começo a desconfiar o porquê de tanta guerra por ali.
Outra informação que me causou risos, foi que a cerveja de cevada pode ter sido a primeira bebida desenvolvidas por humanos. Que bom que não foi por dragões de Komodo!!!! kkkkk
Enfim, fiquei surpreso ao saber que a cevada é a quinta maior colheita mundial, ou não tão surpreso assim, haja visto o alto consumo de cerveja e vodca que observo por aí. É uma grão que nasce em um tipo de espiga (não AMBEV, não quis dizer milho), levando de três a cinco dias para germinar.
Nosso Brasilzão, com seu clima atípico para esse cultivo produz apenas 30% do produto utilizado em sua indústria cervejeira, com sua plantação concentrada no Sul (claro, o Sul), mas também em Goiás, Minas e São Paulo. Mas importamos uma considerável quantidade dessa belezinha da Argentina e Uruguai ( e viva los hermanos).
Seu plantio aqui é ideal entre os meses de maio a junho, sendo a colheita realizada entre outubro e dezembro, portanto caniveiros, vamos plantar cevada???
Ouvi dizer que a torrefação do seu grão também da origem a uma bebida parecida com o café, mas com a vantagem de não ser tóxica por não conter cafeína. 
Portanto, cerveja, vodca e café. Bunitinha você também vira churrasco e/ou chocolate???
Bom, uma postagem rápida, sobre essa matéria irmã, porque prima seria distante demais, e se eu me demorar, começarei a discursar sobre termos técnicos chatos e enfadonhos, o que não é a proposta. Tentei encontrar algo que falasse sobre o plantio caseiro de cevada, mas ainda não encontrei, portanto, quem tiver informações sobre o assunto me avise, adoro plantar coisas em casa, menos jiló! Se bem que não devo ter atentado bem ao fato da cevada ser um cultivo de inverno, ou esqueci que moro em Piracicaba....
Enfim queridíssimos leitores, bom domingo, e boa cevada, na forma que melhor lhes convirem, café, cerveja ou vodca... sempre com moderação.

domingo, 13 de abril de 2014

Domingo, Maredsous e Social Beers

Bom, não fui acampar porque a chuva nos alegrou com sua presença, e chegar por volta da meia noite, num Camping no alto da serra, com chuva, não era exatamente o fim de semana que eu havia mentalizado.
Domingão, essa chuvinha lá fora, meu café exalando aquele aroma de "passarei o dia inteiro na horizontal", pronto, clima perfeito para continuar a criação do blog.
Um tema bem interessante que gostaria de compartilhar com vocês, meus primeiros e antigos leitores, é um movimento que anda acontecendo no Brasil em relação ao mundo da cerveja. Um projeto sensacional, que envolve os admiradores da boa cerveja em toda a concepção da breja. O usuário (digo usuário porque o lance funciona como uma rede social) participa na escolha da arte do rótulo, a escolha do mestre cervejeiro, e participa comprando cotas da cerveja que foi eleita, antecipadamente. Simplificando, você pode comprar seis long neck's de 330ml antes da cerveja começar a ser produzida, gerando assim investimento para a produção. 
Peço aos leitores, principalmente os aventureiros em saborear inovações cervejeiras, que acessem o link do projeto para conhecer melhor. Eu vou apoiar a próxima cerveja. Vai vendo que loco. Um casal, ele designer, ela sommelier de cerveja, montaram um projeto chamado Kombreja, uma Kombi que vai rodar o país divulgando a cultura cervejeira, fazendo cerveja na kombi, nos lugares onde pararem, e divulgando as microcervejarias e cervejeiros caseiros. Pra isso eles precisam de um investimento, que será obtido através da próxima cerveja do Social Beers, a Kombreja.
Bom, só entrando no site para conhecer melhor:


Andei recebendo alguns elogios pela única primeira página do blog, fiquei contente ao saber que não perdi o hábito de escrever algo que consiga atingir de alguma forma vocês, meus leitores (adoro saber que tenho leitores). Trabalho hoje como vendedor de bebidas, minha especialidade são as cervejas. Nenhuma especialidade em nível de sommelier, ou mestre cervejeiro, ainda não. Alguns cursos aqui, muitas leituras ali, e degustações em todos esses lugares, como são agradáveis essas degustações.
Fico lisonjeado ao mencionar meu trabalho alguém, e receber em troca aquela reação de: "Noooossa, que legal, você trabalha com cervejas?!". Sim, eu trabalho com cervejas... Acho que todo mundo deve descobrir essa sensação, ter um prazer de verdade com o que se trabalha. Tenho tanto prazer que sorvo o objeto do meu trabalho com um quase erotismo, tal a reverência que tem meu ser e meu paladar a bebida tão completa.
E falando em sensações paladarísticas (sim, eu invento palavras também, tenho licença poética), como uma das intenções deste blog, vamos falar de Maredsous Brune. 
Li num livro uma definição hilária de Maredsous: "A prima esquecida de Duvel"
Não meus amigos, não imaginem uma pós adolescente feia numa camisola bege com cara de quem dorme a vida inteira. Maredsous, no caso a referida Maredsous Brune, é uma cerveja trapista, dubbel, produzida pela cervejaria Duvel Moorgat. Ao ler sobre o fato, o escritor relatava uma certa tristeza por uma cerveja de tal qualidade ser a "esquecida". Ao degustar tamanha riquesa de sabor, pareço ter sentido o cheiro dos porões dos mosteiros belgas do século retrasado, apesar de acreditar que elas não fossem produzidas em porões. Acredito que por ser a "esquecida" (continuo com a imagem da moça feia de camisola bege), ela tenha conservado a originalidade do trapismo, ou algo perto disso, garantindo a nós, humildes degustadores, essa experiência sensorial, além de suas características mais reais (longe da viagem paladarística que vos relato)

Vamos lá, ficha técnica produção:

  • Cervejaria: Brouwerij Moorgat
  • Grupo: Duvel-Moorgat
  • Estilo: Belgian Dark Strong Ale
  • Álcool (%): 8%ABV
  • Temperatura: 13-15ºC
  • Copo ideal: Taça
Cerveja escura, algo entre o rubi e o âmbar escuro. Uma turbidez opaca bem visível, com espuma intensa não tão duradoura. As notas do café são as primeiras a dançar no paladar indicando forte presença dos maltes tostados, uma forte lembrança de frutas secas também aparecem por ali. O álcool se faz bem notável, porém em perfeita harmonia com a explosão de sabores. 
Concluindo, uma puta cervejona, forte, intensa, do jeito que o Mau gosta.

E claro, lembrando que tudo isso é o meu trabalho e isso não passa de um home work.

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Bom, com isso posso terminar de curtir o domingo, um abraços a todos, se puderem, degustem Maredsous Brune, e deixem seus comentários, vamos compartilhar os bons prazeres da vida.
Fermentem-se por aí!!!

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Saudações Fermentadas!!!

Tudo começa na adolescência essa coisa de experimentar bebidas alcoólicas. No meu caso, a identificação com a cerveja foi imediata, coisas dos 16 e poucos.
Nesta época, na década de noventa, as regras do marketing sobre bebidas alcoólicas e cigarros ainda não existiam (e hoje também não existe tanto assim), e fomos, todos brasileiros, educados a saber que cervejas boas eram as que "semi congelavam" e fossem ingeridas em grandes quantidades. Enfim, negligência de histórias, sabores e ingredientes à parte, a cerveja fez parte de muitos churrascos, muitos encontros, e, na solidão dos balcões que por aí estive, foi através da qual muitas amizades nasceram, se foram, ou apenas existiram ali, por um dia.
Mais tarde, após um tempo de estudos hoteleiros, trabalhando nesta área também, me aventurava na leitura sobre os vinhos. Nada demais, nada que não passasse de hobby. Senti despertando por essa época, uma curiosidade que extrapolava apenas o saborear. O encanto por frutas fermentando e o papel do homem nessa intervenção era nítido. Mas não se passou muito disso, logo depois comecei ter outros focos, e o vinho ficou essa coisa legal da qual entendia pouco. Hoje tenho algumas pessoas que me ensinaram coisas fantásticas sobre o primo fermentado, mas esse é um assunto que requer seu próprio "post".
E num determinado domingo de setembro, fui convidado a conhecer um "deveras simpático" bar na Freguesia do Ó, em Sampa, capital. Como ainda estou analisando essa questão dos direitos autorais e tal, não mencionarei por hora o nome do estabelecimento... (ESTE ESPAÇO ESTÁ RESERVADO PARA PROPAGANDAS). Chegando no labirinto dos prazeres fermentados, com sua Carta de Cerveja com mais de 350 rótulos (informação em análise, podendo ser alterada até o final da tarde), foi pedido ao gentil e grande conhecedor da arte à qual ele servia, o garçom, um singelo balde de Delirium Tremens 750ml, e pronto, dava-se início ao que eu chamaria de sede de conhecimento cervejeiro. "Isso é uma cerveja? Existem outras assim?"... Mais tarde tudo começou a desencadear num processo empírico de conhecimento, me trazendo à este mundo fantástico, místico, com seus glamoures e suas decadências, que o mundo das bebidas alcoólicas proporcionam à sociedade.
Vale a pena destacar que este blog é de natureza desinteressada, lógico que rola umas pesquisas, e os assuntos terão seu devido respeito ao serem tratados. Mas ressalto que por enquanto não sou nenhum especialista em assuntos voltados à bebidas... sou sim um interessado cervejeiro com algum conhecimento, um blogueiro sempre em formação (informação), e pretendo criar um bom espaço para conversas, aprendizados, curiosidades, contatos, enfim, todas essas coisinhas boas possíveis de serem desencadeadas quando se brinca de divulgar e agregar conhecimentos!!!!

Sejam Bem vindos, e saudações fermentadas!!

Mau Soave